domingo, 6 de fevereiro de 2011

Assisto seu rosto virar
Olhos centrados, pupilas dilatadas
Batimentos escapando do próprio peito
Fecho estes olhos com a ponta de dois dedos
Anestesio minha própria dor
Puxo os lábios pela lateral
Os levo até as orelhas
E assim espero este torto angulo
Sumir aos poucos
Me recomponho para ouvir
Seus batimentos cessando ao retornar
Para meus olhos mortos na escala de cinza.

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